RESULTADO DAS ELEIÇÕES: A lição pelos transportes

ônibus

Transportes mais uma vez ajudaram a determinar os rumos das eleições municipais. Quem não teve bom desempenho na área, não conseguiu seus objetivos eleitorais. A administração Kassab foi uma bomba na candidatura de Serra. Só trocar cor de ônibus e mudar mão de direção para favorecer igreja não foi considerado política de mobilidade em Santo André e medo da volta do monopólio dos transportes marcou Mauá. – Fotos Rodrigo Piragibe / Adamo Bazani.

Artigo: Transportes, uma resposta nas urnas
Cidades que não tiveram políticas de transportes públicos que satisfizessem a população foram contra continuidade das administrações atuais
ADAMO BAZANI – CBN
As eleições municipais de 2012 trouxeram mais uma vez à tona o fato de que os transportes públicos podem eleger ou derrubar qualquer candidato.
Obviamente que não é o único ponto levado em consideração pelos eleitores, que querem também seus direitos respeitados em áreas como saúde, educação, segurança e emprego. Mas o transporte coletivo é um dos setores que mais saltam aos olhos da sociedade pelo estado deficiente que se encontra, afetando quem usa os meios públicos e até quem se desloca só de carro de passeio, já que ao contribuir para reduzir o trânsito e a poluição, auxilia a todos na cidade.
Grande parte dos candidatos à reeleição ou indicados por atuais administradores que não fez a lição de casa no setor de transportes não conseguiu se manter ou se eleger para o comando dos respectivos paços municipais.
Isto é um artigo, não uma reportagem. Assim, demonstra uma opinião que faz uso do direito de liberdade de expressão com responsabilidade. O leitor não precisa concordar ou se identificar com o ponto de vista aqui contido, mas deve respeitá-lo e refletir sobre o tema.
EM GRANDE PARTE DOS MUNICÍPIOS, OS CANDIDATOS SE ELEGERAM PELO CHAMADO VOTO DE PROTESTO. ASSIM, QUE ESTES CANDIDATOS MANTENHAM A HUMILDADE PARA ENTENDER QUE NÃO FORAM ELEITOS NECESSARIAMENTE PELO SEU CARISMA OU ATÉ PROPOSTA E SIM PELO DESCONTENTAMENTO QUE A POPULAÇÃO DEMONSTROU COM OS ATUAIS ADMNISTRADORES.
Há três exemplos para refletir em conjunto com você, leitor: São Paulo, Santo André e Mauá. Existem tantos outros, mas estes três estão mais perto da realidade deste jornalista, porém o contexto pode ser aplicado às outras regiões.
SÃO PAULO:
A maior cidade da América Latina também é a mais congestionada e a que mais sofre com os transportes públicos que não atendem às necessidades do cidadão de maneira plena.
Grande parte da derrota de José Serra se deve à rejeição e aos erros da administração de Gilberto Kassab, relapsa em vários pontos na área de transportes. SERRA CONTINUADAMENTE INSISTIA QUE A PREFEITURA IRIA A MANTER A AJUDA NOS INVESTIMENTOS PARA O METRÔ. Até aí tudo bem, se a prefeitura não deixasse de fazer a sua parte básica cuidando dos ônibus municipais. Tarifas altas, escândalos envolvendo operadoras como as do Consórcio Leste 4 processadas na Justiça por prestarem maus serviços, restrição a fretados (que não é transporte público, mas é coletivo) e nenhum dos 66 quilômetros de corredores de ônibus ter saído do papel ESGOTARAM A PACIÊNCIA DO ELEITOR.
NÃO COLA MAIS ESSA CONVERSA DE QUE A PREFEITURA VAI INVESTIR NO METRÔ SE NÃO CUIDAR DO BÁSICO QUE SÃO OS ÔNIBUS MUNICIPAIS!
TALVEZ A ANTIPATIA A GILBERTO KASSAB PESOU MAIS QUE A EMPATIA POR LULA PARA O RESULTADO EM SÃO PAULO!
Em Santo André, no ABC Paulista, mesmo com toda a máquina pública ao seu lado, Aidan Ravin, do PTB, não conseguiu se reeleger. Sua administração na área de transportes deixou muito a desejar. As ações mais marcantes do setor em seu mandato foram a mudança das cores dos ônibus de vermelho para azul e a troca de nome da gerenciadora EPT para SATrans, apenas para não fazer jus ao nome do partido concorrente PT.
Santo André é uma das poucas cidades “do mundo moderno” que não tem nenhum tipo de integração tarifária plena, nem mesmo dentro dos principais terminais, como o Oeste e o Leste. Para ir de um bairro a outro, mesmo próximos, o cidadão tem de se deslocar até o centro da cidade, pagar a segunda tarifa e voltar quase boa parte do trajeto que tinha feito. Na campanha ele prometeu o tal Bilhete Único de Santo André, mas por que não fez nos quatro anos? O empresário que domina os transportes e o jornal da cidade não deixou?
Mobilidade não foi lá os trunfos mesmo de Aidan Ravin. Para atender a grupos que ele é ligado, contrariava a máxima de servir à maioria na democracia e o direito de ir e vir. Exemplo é ter transformado uma rua em frente a igreja católica Nossa Senhora do Paraíso em mão única, prejudicando principalmente aos sábados quem precisa ir ao Hospital Mário Covas só pra beneficiar a comunidade do Padre Vanderlei Ribeiro. A comunidade foi menor que a maioria (por mais estranha que a frase possa parecer) e não teve força para reelegê-lo.
Em Mauá, por causa primeiramente de rachas dentro do PT e depois pelo prefeito Oswaldo Dias ter caído na Lei da Ficha Limpa, não houve candidato à reeleição. Mas o candidato petista Donisete Braga conseguiu vencer o pleito, entre outros fatores, por causa da mobilidade urbana.
Foi no governo petista que o monopólio de mais de 30 anos dos transportes em Mauá caiu, foi implantado o Cartão Da Hora, uma espécie de Bilhete Único, e as empresas (agora no plural de verdade) renovaram parte da frota de ônibus na cidade.
Se não fosse o ato do próprio PT que contrariou a Justiça ao assinar um contrato com outra empresa do mesmo grupo antigo operador para retomar o monopólio, talvez a administração dos transportes poderia ter sido considerada melhor.
Mas o erro foi corrigido pela Justiça e dois grupos diferentes continuam em Mauá: Lote 01 Viação Cidade de Mauá (Baltazar José de Sousa) e Lote 02 Leblon Transporte (família Isaak, do Paraná).
Pesou o fato também de a família de Vanessa Damo (PMDB), a concorrente de Donisete, representar um passado em Mauá. O pai dela, o ex prefeito Leonel Damo, não teve o desempenho exigido pela população e na área de transportes, sua ligação com o empresário Baltazar José de Sousa, que detinha o monopólio dos ônibus, representou, no entendimento da população, ameaça às mudanças de mobilidade urbana. Vale ressaltar que mesmo com melhorias, os transportes em Mauá ainda precisam evoluir muito e que o PT precisa esclarecer para a população porque, da noite para o dia e sem respaldo jurídico, assinou aquele contrato com a Viação Estrela de Mauá, em nome de David Barioni Neto, fundada por Baltazar José de Sousa.
AS ELEIÇÕES DE 2012 FORAM EXEMPLO CLARO DE QUE A POPULAÇÃO QUER MUDANÇAS QUANDO ALGO NÃO VAI BEM. E MUITO MAIS AGORA, COM ACESSO MAIOR À INFORMAÇÃO, NÃO ADIANTA PROMETER SE NÃO FIZER PORQUE O POVO VAI COBRAR. Que sirva a lição para os próximos administradores.
O POVO QUIS MUDAR E SE OS ELEITOS NÃO FOREM BONS, VAI QUERER MUDAR DE NOVO.
VIVA A DEMOCRACIA.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. MP disse:

    O Kassak prejudicou josé serra, não foi por causas do transporte sobre onibus: em são paulo tem terminais de integração, linhas seccionadas, metrô, onibus piso baixo, trêns e metrô…..no caso de kassab, foi o descado com a saude, a educação que mais pesaram……foram que o referido prefeito criou leis que só prejudicaram os paulista……como inspeção veicular paga, e não de graça……. lei das fachadas….., proibir fretados no centro expandido…entre outras, fora as buraqueiras no asfalto que se encontra a cidade…..kassab administrou a cidade com uma tirania tremenda de um ditador…isso que causou a sua ruína e de serra, pois ele é vice de serra……….o transporte coletivo é um dos problemas que são paulo tem e não o unico…..são paulo já criou bilhete unico, colocou onibus piso baixo, seccionou linhas, forcou renovação da frota no maximo em 10 anos……então o problema não é bem o sistema de onibus….

    1. Bento disse:

      MP, com todo o respeito, acho que você não anda de ônibus, pois se ficasse duas horas em pé, dentro de um ônibus encardido, de motor dianteiro e chassis de caminhão disfarçado, com certeza sua opinião seira diferente. Uma cidade do porte de SP, não pode ficar refém de um trânsito que a cada dia que passa só piora.

  2. jair disse:

    Adamo,
    Parabéns pela coragem de entrar em assunto tão delicado, dado sua postura apolitica praticada neste meio de comunicação. Concordo plenamente com sua opinião de cidadão apaixonado por transportes públicos.

    1. Rogério disse:

      Linda matéria! concordo plenamente com você.
      Ainda bem que temos o Adamo para fiscalizar e denunciar um setor muito importante!
      Obrigadoooooo!

  3. Josue Marcio Lopes disse:

    Concordo plenamente com o artigo do Adamo. O eleitor esta mudando e quem nao foi bom nao conseguiu continuar. Haddad agradeca ao Kassab. Aindan imagine se vc gorvenasse para o coletivo? Vc ficaria com certeza. Donisete Braga o povo ta de olho e acenda uma vela para o Leonel Damo pela graca alcancada.

  4. Augusto Nogueira disse:

    Muito bom!

    Mas acho que a mudança de cor do vermelho para o azul, no objetivo de esquecermos o passado, esquecermos a EPT foi com uma boa intenção, pois era tirar o nome sujo da EPT da história, nome de quem cobrava propiná em Santo André.

  5. abel disse:

    PARABEMZ ADAMO BAZANI JA MOREI EM SP E HJ MORO EM BOTUCATU!E ESSE FUI OUVINTE DA RADIO CBN SEMPRE ADOREI AS SUAS REPORTAGENS REALMENTE UM PROFISSIONAL DE EXTREMO RESPEITO E QUE SEMPRE LUTOU PELO NOSSO TRANSPORTE! CONTINUA ASSIM POR QUE PESSOAS COMO VOCE SAO CAPAZ DE MUDAR AS CONTROVERSAS QUE EXISTE QUANDO O ASSUNTO E TRANSPORTE MAIS UMA VEZ PARABEMZ MESMO FICA COM DEUS!

  6. anderson disse:

    Parabens Adamo pelo Artigo.

  7. Rafael Asquini disse:

    Bom Ádamo, concordo contigo que no caso de São Paulo, embora a imprensa e o PT insistam em atribuir à Lula e Dilma a vitória de Haddad nas eleições municipais, cabe dizer que um público que nas eleições de 2004, 2006, 2008 e 2010 foi majoritariamente favorável ao PSDB não iria, de uma hora para outra, se converter ao “Lulismo”, que, aliás, segue sendo um ideal amplamente rejeitado pelo paulistano comum.

    O erro foi do PSDB ao lançar um candidato já velho, já desgastado com outras eleições e que sempre demonstrou claramente que busca na política a satisfação de seus projetos e ambições pessoais, haja viso o abandono da prefeitura em 2006 para concorrer ao governo, e o abandono do governo em 2010 para concorrer à presidência.

    Além disso, Serra significava a continuidade de Kassab, um prefeito que na questão dos corredores se limitou a inaugurar o Expresso Tiradentes e a completar 2 km da Av. Vereador José Diniz e que teve, como mérito, apenas a questão da melhoria da frota urbana e da recuperação do sistema trólebus. De resto, eliminou os fretados fazendo com que uma determinada parte dos paulistanos passasse a botar o carro de volta na rua, reduziu a oferta de transporte público por ônibus jogando boa parte da responsabilidade e da demanda para o Metrô, que já está amplamente saturado e que cresce vagarosamente. Essa atitude, por sinal, onera mais ainda o bolso do paulistano, que ao fazer a integração com o Metrô por não poder contar mais com uma linha “decepada”, gasta R$ 1,65 a mais por viagem, ou R$ 3,30 por dia, ou, na média, R$ 77,22 por mês. Nesses 8 anos, a SPTrans também abandonou de vez o trabalhador que necessita do transporte público durante a madrugada. Uma reportagem do SPTV a respeito da linha 3310 expôs o descaso da gestora dos transportes da Capital e a indignação dos usuários.

    Enfim, foi todo esse quadro de cansaço do paulistano com o transporte público que ajudou, e muito, Haddad a se eleger. E o novo prefeito aparece com propostas nitidamente mais lúcidas e correspondentes às necessidades de mudanças de São Paulo em relação ao adversário: bilhete único com limite de custo mensal, arco de desenvolvimento, 150 km de corredores, aumento da oferta de ônibus de madrugada e melhoria da oferta geral sem abrir mão da colaboração em dinheiro para a ampliação do Metrô são idéias que há muito tempo se discute para a cidade, mas que pareciam simplesmente não passar pela cabeça dos gestores de transportes do município nesses últimos 8 anos. Diante disso, Serra veio apenas no desespero, fazendo leilão de propostas desconexas com idéias como bilhete de 6 horas, falando que fez muito para o Metrô e para a CPTM como governador sem se ater para o foco da gestão que é o município, repetindo suas velhas ladainhas de outras campanhas. Não mostrou nenhum programa de governo, ao contrário de Haddad. Obviamente, a poucos convenceu.

    Agora nos resta saber se nos próximos anos Haddad vai honrar o voto do paulistano no dia de hoje. Se fizer isso, terá feito a lição de casa, e tem tudo para se reeleger em 2016, pois é isso o que realmente importa para a população.

    1. Mário Brian disse:

      Concordo com você, Asquini.

  8. Pedro disse:

    Agora vamos esperar que o prefeito Haddad honre o voto do povo de São Paulo, e interfira nas empresas de onibus exigindo de fato qualidade, algo que infelismente não ocorreu nos governos Serra e Kassab, que indiscutivelmente não gostavão de onibus.

  9. Realmente os transportes ditaram: tive um amigo do Jardim São Paulo, que está longe de ser serrista, que votou nele só porque Haddad foca mais em pneu do que trilho, na visão dele. Bom, sou de um bairro com o metrô atrasado em 15 anos, poderia ter o mesmo raciocínio, mas sei que uma Anhaia Mello necessita de corredor central, trilhos e uma devida gestão, não tem mais essa de priorizar uma ou outra coisa. Acho que o Haddad tem uma vantagem em relação às gestões petistas passadas por não ter tantos empecilhos (o que é um CL4 comparado ao que Erundina herdou?), é só saber se mexer, o nível estadual não poderá nem emperrá-lo, nem o federal o fará acomiodar-se (a chefinha vai querer tudo andando nas Copas ’14 e ’15 e na parte da OIímpiada que será aqui)…

  10. joão roberto disse:

    realmente o povo quer mudanças,porém até que ponto é bom? se não tiver fiscalização por parte do povo ,corremos o rico de ter outro pior,no aspecto político(relações políticas) ,na competencia pessoal e experiência administrativa,é importante avaliarmos que o povo deu sua resposta quanto à incompetencia administrativa e o descaso com o instrumento público,é isso aí vamos em frente 2014 ,2016 tem mais.

  11. Marcos disse:

    Para o bem de toda a população da cidade de SP, espero sinceramente que o Sr. Fernando Haddad faça uma ótima administração em SP, a despeito de não ter votado nele, mas sou cidadão paulistano e cansei das mentiras e enganações de Kassab e cia. Espero francamente, no que diz respeito ao transporte público, que sejam implantados os corredores exclusivos para ônibus, para minorar o sofrimento desse povo, sou totalmente favorável ao Metrô e sua ampliação, mas a implantação de corredores de ônibus é, sem dúvidas muito mais rápida, e é disso que necessita a população,rapidez. Espero ainda, que a renovação da frota de trólebus não fique por aí, antes seja ampliada e que novas linha sejam criadas ou reativadas as antigas. Só para finalizar, eu creio que o Adamo foi absolutamente feliz nesse artigo, muito claro e demonstra, acredito, os pensamentos de uma boa parte da população, senão da maioria.

  12. Bruno Quintiliano disse:

    Vale lembrar que as coisas boas que temos no transporte, como bilhete único, integração, renovação de frota é tudo da gestão Marta. Até mecanismo pra descredenciar o CL4 ela deixou, mas eles tiraram.

  13. jair disse:

    Adamo
    Sugestão: Com o resultado das urnas indicando o novo Prefeito de São Paulo, gostaria de ver neste site, para podermos comentar, os planos para o transporte coletivo apresentado durante a campanha, especialmente sobre os futuros corredores e a nova licitação dos onibus da Capital.
    Espero não estar abusando do espaço, mas acredito, será altamente motivador, pois, não é conhecido pela grande maioria.
    obrigado

    1. Claro, posso colocar sim. Vou levantar o Plano Oficial.

  14. Gabriel Garcia disse:

    Um adendo: prefeituras não deveriam investir nos sistemas de Metrô Pesado em parcerias com os governos estaduais. Os montantes investidos pela cidade de São Paulo em 4 anos no Metrô não fez nem cócegas no valor total investido. Uma linha como a lilás tem seu custo estimado em 6 bilhões. É dinheiro de uma ordem de grandeza totalmente diferente da realidade de qualquer prefeitura do país. O investimento em Metrô deve receber investimentos federais. É o único que tem a capacidade de investir a fundo perdido (não os empréstimos do BNDES que precisam ser pagos posteriormente, isso não é investimento de verdade) estes valores vultosos em parceria com o estados. A obrigação da prefeitura é acelerar os trâmites de implantação das linhas de Metrô! Uma linha chega a ficar 2 anos aguardando as licenças ambientais, incumbência da prefeitura. Fora as exigências absurdas, exigências por obras que a prefeitura deveria se responsabilizar, como ciclovias acompanhando as linhas e urbanismo. Uma linha de Metrô, no final, com toda esta burocracia ridícula e em parte desnecessária, faz uma linha de Metrô demorar até 10 anos para ser concluída (desde a etapa de projeto funcional). É inaceitável!

    Concordo com suas opiniões, exceto sobre tarifa. Exceto se fizerem alguma mágica para diminuir os custos das empresas e da prefeitura com manutenções das vias e veículos e/ou transformarem a tarifa em taxa comum a toda a população e, desta forma, aumentar o montante de subsídio pago às empresas então não há como diminuir de forma racional as tarifas. Há outra alternativa, como diminuir impostos dos operadores de transporte coletivo. Mas isso já é de responsabilidade da esfera federal.

    Abraços.

  15. Mário Brian disse:

    Em um processo democrático como o nosso, temos que aceitar a determinação do voto sagrado da maioria, mesmo que vá contra a sua opinião.

    Com a eleição dos novos prefeitos as nossas rotinas a partir da posso dos mesmo, com certeza serão alteradas, principalmente no que diz respeito ao transporte público mediante aos mirabolantes planos proposto como sendo a solução e que jamais serão cumpridos pois como sabemos, é comum promessa de campanha não ser cumprida, honrada.

    Lamento pela cidade de São Paulo ter dado o posto mais importante da cidade, não com o pode do meu voto, ao partido que elegeram, um partido marcado pelo radicalismo, onde sempre foram contra a tudo e todos e pregavam o veto as privatizações, a política público/ privada, as chamadas parecerias entre outros.

    Hoje em que estão no poder, privatizaram os aeroportos, o principal meio de entrada e saída do nosso país por não terem competência na solução dos problemas existentes e também pela urgente necessidade para a realização do sonho de seu principal líder em ver uma copa do mundo de futebol em nosso país, sem termos condições se sediar por os demais brasileiros se quiserem e puderem, só irão assistir aos jogos pela televisão mesmo por que os valores dos ingressos, realmente não são acessíveis aos pobres que lês dizem tanto cuidar.

    Petrobrás já está com seu capital com acionistas privados, talvez um passo a privatização da empresa.

    A exploração do petróleo já estão nas mãos de empresas estrangeiras, é só lembrar-se da última que poluiu nossas praias e não conseguia tampar o buraco causador do vazamento.

    O pré sal nem temos tecnologia de exploração e já está praticamente privatizado, afora que, como temos dinheiro sobrando, pudemos dar a nossa Petrobrás da Bolívia e Venezuela aos nossos hermanos sem cobrar um único centavo de volta, isto sim é que é responsabilidade por um país.

    Partido marcado pela fidelização comparada a apenas a fidelização religiosa, com seus casos de corrupção haja visto o julgamento do mensalão ( o maior e histórico caso de corrupção já existente neste país) onde para eles não existiu de forma alguma e se existiu é por culpa do principal partido adversário.

    Desleixo com a “coisa” pública, um falso Hoby Wood que tira dos pobres para deixarem os mais pobres pobres e os ricos ricos ao contrário do verdadeiro Hoby Wood que tirava dos ricos e dava aos pobres, enfim, situações tão comuns ao nosso dia a dia desde que assumiram o poder nacional não esta acontecendo nada que venha a me surpreender.

    Não entendo do porque o juiz Joaquim Barbosa está lá no supremo tentando condenar estes inocentes ( ic! ) por algo que não existiu, deixando aqueles pobres coitados marcados em seus currículos, sem dinheiro e sem emprego mas por enquanto por que no início do ano de 2013 todos eles estarão aqui empregados, na nossa rica prefeitura municipal e com emprego garantido por pelo menos quatro anos.

    O que tem a ver o que acabo de escrever com a padronização da pintura de frota, nada !

    Este partido que assumira a prefeitura de São Paulo deixaram os empresários de ônibus felizes, assim como ficaram felizes no início do século 21 com a extinção dos trólebus por exemplo e é por eles que temo agora, pela sua extinção por completo do melhor meio de transporte que não agride o meio ambiente.

    Oxalá se a partir de 2013 não tivemos o retorno das cores vermelho e branco (cores do partido) a nossa frota de ônibus como ocorrida nos anos de 1990.

    Talvez haja a construção de novos corredores, talvez depositem menos passageiros nas estações iniciais do metrô, talvez revejam a tabela de freqüência dos ônibus/linha na semana e nos devolva os mesmos ônibus/linha nos domingos e feriados, talvez ampliem a rede de trólebus na cidade.

    Otimista como sou, escrevi tudo acima somente para lembrar que nos próximos quatro anos, São Paulo capital passará por tudo, exatamente tudo o que descrevi.

  16. Jackson disse:

    Trólebus e ônibus com motor traseiro já ……..

  17. Sérgio Santo André disse:

    Bem, já não tenho mais esperanças de mudança com os políticos que temos. Como morador de Santo André, assim como varios colegas de que escrevem nesse espaço, acho que simplesmente estamos vendo um flash-back do que vimos nos últimos anos, seja com partido “X” ou “Y”. Estou até vendo as mudanças, principalmente nos ônibus de Santo André, com certeza vão mandar pintar todos os ônibus de vermelho de novo, gastando uma fortuna da população com essa “picuinha” de moleque, como vimos na última gestão. Vamos ver a volta dos radares “escondidos”, da cobrança de propinas no transporte, a falta da “integração” dos ônibus municipais, pois a máfia não deixa que isso aconteça, sendo que Santo André é o único município que ainda não tem essa integração, ou seja, dependendo do bairro que estiver e para onde for vc paga 02 (duas) passagens. Entrou partido, saiu partido e não tivemos evolução nenhuma no transporte de Santo André. A briga da Prefeitura com a Metra é outro absurdo que vemos todos os dias no Terminal Oeste. A linhas municipais estão espremidas em duas raias que já não comportam nem a metade dos passageiros atuais no horário de pico, tudo por que a Metra é a gestora do terminal e não está nem aí para os ônibus municipais e quem paga o pato somos nós que utilizamos o terminal todos os dias. A Prefeitura, quando reclamada, limita-se a informar que depende da EMTU para fazer mudanças no terminal, lógico, não há um mínimo de esforço da prefeitura para acabar com essa bagunça. Claro, ela não consegue nem mesmo gerir seu terminal (O Vila Luzita que encontra-se largado às moscas), quanto mais negociar mudanças em um terminal de outrem. É por essas e outras que fica difícil acreditar em “X” ou “Y” quanto a mudanças no transporte público de Santo André, as quais não aconteceram nesses últimos 20 anos….

  18. Sérgio Santo André disse:

    Em tempo, o ABC sofre com um câncer nos transportes públicos, e acredito que já está em metástase, e nós sabemos muito bem qual é o nome desse de câncer (B…). Somente a extirpação desse mal poderá abrir alguma porta de esperança em um futuro longínquo…

  19. Carlos Silva disse:

    Tenho acompanhado os posts dos amigos e a maioria se restringe a São Paulo, mas digo que aqui em Campinas o problema é semelhante. Por 11 anos o PT tomou conta dos transportes aqui e trouxe sim melhorias, como o bilhete único, a organização dos perueiros e estações de transferências, se bem que muitas em meu ponto de vista, não servem para nada e tiveram o proposito mais eleitoreiro do que algum beneficio, porém, há muitos problemas, principalmente no duopólio de empresas e falta de uma gestão. Infelizmente prevalecem os interesses de empresários, vereadores e associação de bairros. Existem linhas de onibus que andam praticamente vazias apenas para agradar alguns moradores e outras com itinerário extenso com a mesma função e sobreposta a outras. Tudo isso gera deficiencia no sistema que precisa ser racional. Há o problema da resistencia das pessoas em fazer baldeações, seja por comodismo ou também pela má distribuição nos intervalos das linhas alimentadoras. O viário está bem ruim e aqui quem escolhe que tipo de onibus vai rodar em determinada linha, são as empresas e não a prefeitura, por isso só tem OF, mesmo em linhas troncos de terminais e a prefeitura nada faz. Espero que o a nova administração veja esse problemas e resolvam encara-los de frente doa a quem doer, pois as vezes é necessário impor as soluções mesmo que no inicio algumas pessoas sejam contra e la na frente exerguem que foi o melhor a ser feito.

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